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terça-feira, 15 de novembro de 2011

A vida por si só

Todo sabor trás suas dores,
Assim como toda dor trás seus sabores,
Porque só há paz se houver guerra,
Onde tudo que se inicia um dia se encerra.

Amigos, amores, ideias, estão aqui
Cravados na memória e enterrados
Todos são passados, e alguns,
Alguns são traduzidos no meu presente

São epifanias que mostram meu caráter,
E essa nossa simetria tão peculiar,
Não estou chorando por ter perdido nada
Apenas contente, pois hoje sei o que é ganhar.

Demorei, mais aprendi com a vida
Quebrei crenças místicas em meu próprio coração
Então não me fale de emoção, hoje não,
Estou tentando conquistar meu espaço

Amanhã te amarei mais que hoje, suponho
Definindo-me como seu passatempo predileto
Seria esperto pensar que a vida é um sonho
Ou seria um sonho pensar que é esperto?

Na realidade, estou aprendendo a cada dia
E a cada novo dia estarei aprendendo mais,
Cabe a mim julgar o meu destino, peregrino
Vou seguindo no caminho da mais completa paz.

(Paz de espírito, corpo e coração.)                                           Jean Lacerda.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Olhos de amor

Olhou-me nos olhos,
E pude sentir o passado ecoando em nossos pensamentos
Em instantes todo o meu corpo tremia, junto ao seu
Aquele abraço demonstrou que ainda temos sentimentos,
Antigos, porém bem vividos.

Olhou-me nos olhos e fez gelar-me a espinha
Com aquele olhar de quem sufoca a tentação
E ao abraçá-la pude sentir que ainda era minha
Pois o teu toque transpareceu seu coração

Olhou-me nos olhos e soltou um singelo sorriso
Que contem tudo àquilo que me é preciso
Que me tira o inferno e me doa o paraíso
Ah! Nele eu ainda sigo embevecido

Olhou-me nos olhos, como quem não olharia
Pois eu já te fizera sofrer um dia,
Mas, olhou-me nos olhos, e chorou
Porque ao me olhar, pôde sentir ainda vivo o meu amor.

                                                                                       Jean Lacerda.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Porque mudança?

Eu anseio a mudança
Tanto quanto desejo você
Alimentando esta esperança
De que não posso te perder

Essas inconstâncias me refletem
Porque talvez eu não seja tão maduro
Porém correto, jamais estive em cima do muro
Porque eu sempre amei você

Honestamente, eu me readaptei
Me entreguei, me doei,
Embora hoje de nada isso valha
Talvez te amar é que seja minha falha

Personalidade a gente não muda, complementa
Caráter a gente já nasce, não se inventa
Me desculpa meu amor, eu sempre fui assim
E você sempre soube disso, do início até o fim

Então porque escolheu me amar e agora quer me mudar?
Porque botar na minha cabeça malucos desejos
Eu não preciso mudar, você quem deve voltar
No tempo onde eu ganhava o mundo, apenas nos seus beijos.

                                                                                                         Jean Lacerda.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Adeus esperança

Esta esperança pálida
Que insiste em tinir nestes ouvidos
Trás-me o furor, agora vívido
Ao sussurrar-me com um doce gemido: Eu ainda te amo.

Me sinto como um rato,
Caminhando em meio a toca de lobos
Penso, que se é abstrato,
Mais uma vez irás me pôr a chorar.

Estou sem forças e não consigo parar,
Esta já não me é mais uma opção
Quando ouço a tua pergunta,
Será que ainda permaneces a me amar?

Me sinto tão pequeno, perto de ti, uma gigante,
A resposta ecoa pelos meus olhos, novamente,
E eu pude sentir que nesse instante,
Tudo dessa vez seria diferente.

Presumo que um último beijo agora me traria a felicidade
E por antes presumir, você se foi e me deixou saudade,
Tão solitário e a chorar como uma triste criança
Então peço que se vá, amiga esperança

Não te beijarei, mais te olharei em sua partida,
Agora já não precisas ser mais minha,
Me despedirei, esperança amiga
Mais dessa vez partirás sozinha.
                                                                                                
                                                                                                               Jean Lacerda.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Eu não vou te esquecer

Não me importa quantos anos se passem
Ou quantas novas estações surjam
Que novos braços te abracem
Eu não consigo te esquecer

Mesmo que mil bocas já tenhas beijado
E por outras mil cidades já tenhas passado
Meu amor por ti jamais irá perecer
É mais forte que eu, já não consigo te esquecer

Músicas me lembram você a cada instante
Elas não me deixam esquecer o que me é mais importante
O meu amor, não se incomode, eu amarei por nós dois
Até o dia em que esse legado chamado vida se acabar

Mesmo que tenhas me humilhado,
Nesta guerra onde fui o único machucado
Meu amor por você não acabou
Não sou Deus, mais por você poderia ser

Eu faria o inferno congelar,
Traria anjos a terra,
Para que em mim pudesses acreditar
Eu não posso, não quero, não consigo; Te esquecer.

                                                                                                             Jean Lacerda.

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Bem-querer.


Eu quero um amor preguiçoso que me beije gostoso
Eu quero o mar sem sal e também mil fotos no mural
Quero uma rede e um violão, quero melodia e canção...
Quero a luz do luar, quero beber do mel e não enjoar
Quero um dia de sol, quando cair a noite, uma fogueira pra esquentar
Quero erva doce pra plantar...
Quero sentar em baixo de uma mangueira e relaxar
Quero ouvir o vento, criar sentimento, quero voar!

                                                                               
                                                                                                  Gabriela Duarte.

domingo, 25 de setembro de 2011

100 mais.



Salto alto a esmagar as flores que brotam, batom que grita, promessas embrulhadas pra viagem, mel pra nunca mais...
Os olhos já borrados de tanto chorar, a tinta estúpida no cabelo, as pulseiras de bijuteria, as unhas vermelhas...
Um passo errado, a perdição, o mundo grita que acreditar no ser humano é em vão, o gato preto é sua companhia, quem diria?
Alô mundão: Que vida, Vida de cão!

                                                                                                            Gabriela Duarte.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Poeminha do Qualquer.


Nos olhos... Verdade
Nos lábios... Sorriso
Nos pulsos... Vontade
No peito... Saudade
Na cabeça... Ideias
No sorriso... Verdade
Nos lábios... Vontade
 Nas ideias... Saudade
                                                                    Gabriela Duarte

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Sombras

Você que esteve há tanto aqui
Hoje não me passa de uma sombra
Uma obra de Deus que vivi
Que eu vi me abandonar no escuro

Eu não acredito que o amor acabe
Mais eu penso que ele cochilou
Por dezenas de vezes eu gritei
E embora sem forças, meu grito não cessou

Não quero que esse amor se perca
Que sejas uma sombra a vagar sem energia
Neste nosso mundo tão particular e cheio de segredos

Sei que eu não posso mais te colorir
Mais quero que você saiba, que sou sua luz
A que te trará alegria e te iluminará para que possas brilhar.

                                                                                                       Jean Lacerda.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Nostalgia de um romance inventado.

Se eu te ligar de madrugada pra conversar sobre os livros e as letras das musicas, me acharia louca?
E se eu disser que sinto saudades dos nossos vinhos, dos ciúmes, das brigas, dos carinhos...
Quando você segurava meu queixo e dizia que eu não presto, eu calada, cínica te encarava
Tu me beijavas a boca, me segurava e não soltava... Que saudade de você.
Do teu jeito desajeitado de me olhar quando meu cabelo estava preso e quando por cima do livro e dos óculos eu te olhava, você não sustentava meus olhares, sempre desviava!
Eu te chamava frouxo, tu me odiava e me sacudia pelos ombros dizendo que eu não merecia o quanto você me amava e eu com malicia sorria, até gargalhava e você, outra vez me beijava.
Eu ria das revistinhas em quadrinhos que você escondia embaixo da cama, dos ovos que você não sabia fritar...
Você penteava os cabelos de um jeito ridículo quando saia do banho, eu sempre o desarrumava e você ficava bravo, eu já disse que você é lindo quando fica bravo?
Enquanto você levava tudo a serio eu me divertia, todas as vezes que você ficava escondido me observando dançar sozinha eu sabia que você estava lá, você gostava dos meus pés, eu lembro.
Preferia chá enquanto eu sou fã do café preto, eu nunca disse a você, mas eu sacava quando teus olhos mudavam de cor, a cicatriz na tua sobrancelha esquerda sempre me atraiu, você também não sabe disso... Todos os dias você se declarava e eu calada, sorria...
Você dizia brincando que eu te maltratava, acho que é porque na verdade, eu nunca fui capaz de dizer o quanto te amava.

                                                                                                            Gabriela Duarte.


terça-feira, 2 de agosto de 2011

Eternas Batalhas

Travei batalhas sem fim
Sofri e sangrei, a morte parecia próxima
No entanto, ao longe o ar ficava leve,
A luz tímida começava a surgir em minha frente

Eis que era tu, que de tão bela resplandecia-me com teu brilho
Que de tão pura acalentava-me apenas com teu olhar
Um ser soberano, com magias e dragões a me espreitar
Sentindo que podia vencer tudo, se vinhestes a me amar

Quando finalmente a luz queimou levemente a minha face,
Conseguia ver tuas imperfeições e deslizes, tuas belas mentiras
Nada disso estraçalhou o amor que ainda carrego
Não és divindade ou magia mas me vês como um milagre

Neste reino onde estou sempre a lutar, cair e levantar-me
O que me resta agora além de amarguras, esperança e solidão
Neste reino que é tão lindo e cruel, que grita, sofre e sangra,
Onde nenhum ser jamais será soberano, neste reino que se chama coração.

                                                                               Jean Lacerda, Wilson Vasconcelos.

domingo, 31 de julho de 2011

O Bê a bá do meu baú!

Eu descobri que um abraço em plena madrugada não tem preço...
Descobri também que sol sempre nasce seja inverno ou verão...
Aprendi que pessoas quebram promessas e nem sempre o fazem por maldade...
Percebi que o ser humano é imperfeito demais pra ter o seu ‘pra sempre’ ou ‘nunca mais’...
Descobri que o amor dorme, mas não morre e que saudade não mata...
Descobri que banana frita é uma delícia com queijo e Nescau...
Descobri que um banho de chuva pode renovar a alma e que músicas fazem um belo trabalho interior...
Descobri que as pessoas ficam mais bonitas quando estão fazendo o que gostam...
Aprendi que amigos duram mais que amores!
Vi que sorrir pode ser mais difícil que chorar;
Aprendi que quem morre não volta e que a dor da perda não passa, nem diminui com o tempo.
Descobri que não existe refúgio melhor do que o colo dos pais...
Aprendi que as pessoas mudam e pronto.
Descobri que não existem palavras que consigam descrever o que eu aprendi sobre o tempo...
Percebi que algumas vezes a gente fala ‘não’ querendo dizer sim e ‘sim’ querendo dizer ‘não’, depois se arrepende!
Descobri que a vida e o mundo nos oferecem um universo de sensações e coisas novas enquanto a gente perde tempo demais olhando só pra dentro...
Aprendi também que ninguém morre de tristeza nem, tão pouco, vive de felicidade...
Aprendi que a gente diz muita coisa da boca pra fora, sem medir, quando vê: já era!
Não tem mais como ‘engolir’ tudo de volta...
Descobri que tem pessoas que são como caracóis vestem uma casca rígida por fora só pra tentar proteger e disfarçar a sua fragilidade e percebi também que essas são as pessoas mais doces...
Descobri que não sei guardar mágoa, nem nada que possa apodrecer...
Aprendi que quem ama todo mundo, não ama ninguém e quem “não ama ninguém” precisa muito de amor...
Aprendi a desconfiar de quem “não erra” e descobri que as pessoas podem ser muito cruéis...
Descobri que os mocinhos e mocinhas da ficção me deixam muito entediada...
Aprendi que quando a gente abre a cabeça e consegue ver os dois lados da moeda, a opinião do inicio não é a mesma no final.

Aprendi que eu preciso aprender mais!

 
                                                                                                          Gabriela Duarte.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Tristes lágrimas

Eu já não posso mais chorar
E deixar que essas lágrimas levem
A pureza que existe em meu olhar
Para que a raiva em meu interior se revele

Desculpe-me, se usei demais de minha inocência
Embora eu pareça um homem, sou como uma criança
Amo sem ser amado, choro sem razões e vivo com carência
Faço com que o único motivo da minha existência seja ser feliz.

Pois quando eu  caio de joelhos eu fico alto
E quando eu amo, ouço cavalos em meu coração
Então, já não posso mais chorar, és passado
Não posso chorar, minhas lágrimas são fruto dos teus pecados.

                                                                                                         Jean Lacerda.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

O não pensar.

Eu me desliguei do mundo, deitei e observei as estrelas despretensiosas
Pintadas no céu...
Do meu ponto de vista elas pareciam um cobertor flutuante.
E então eu fiquei a imaginar o porque das pessoas brigarem tanto
E sofrerem tanto, quando há um céu de estrelas lá fora todo
Se exibindo pra elas sem esperar nada em troca...
E então fiquei por horas só observando enquanto na minha mente
Se passava um filme de folhas de outono dançando no ar
E o único barulho que eu ouvia dentro e fora da cabeça
Era o som do vento se espalhando, nada mais me importava
Nada me atingia naquele momento que era só meu...
Foi aí que eu fiz um pedido, eu pedi que em algum lugar do mundo
Alguém estivesse a fazer o mesmo, qual quer pessoa, pois eu queria compartilhar
Dessa sensação mesmo que com algum desconhecido.

                                                                 
                                                                                                  Gabriela Duarte.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

A preciosidade do primeiro

O primeiro beijo, o primeiro abraço
O primeiro dia, o primeiro mês
A primeira namorada, a que mais amei
Seguida de outras primeiras, das quais mais amei

O primeiro gole naquela cerveja gelada
E o primeiro trago naquele tal cigarro
A grande e primeira passeada
Naquele que foi seu primeiro carro

A primeira festa, a mais badalada
O primeiro churrasco com sua rapaziada
Os primeiros games, espetacular e nada moderno
Os primeiros amigos, que serão todos eternos

É ai onde está toda a simplicidade,
Nos primeiros da vida é onde ela se esconde
Não que o que venha após não seja de verdade
Pois se teu coração é puro, depois do primeiro; virão outros primeiros.

                                                                                                             Jean Lacerda.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Lírios perdidos da Juventude Eterna.

Livro pra aprender, carta pra falar,
Guerra pra vencer, batalha pra lutar.
Couro pra comer, música pra libertar,
Tempo pra correr, pressa pra aproveitar.
Cabelo pra crescer, regra pra quebrar,
Álcool pra beber, droga pra injetar...
Velocidade na estrada, eu quero tudo de uma vez...
Quero também uma boa historia pra contar
E uns óculos escuros (se vier a calhar)
Que é pra disfarçar as olheiras,
Que ganhei das ultimas noites...
Na minha pressa de viver tudo de uma vez
Quis ficar acordado querendo não ver o tempo passar
Eu achava que não daria tempo, só agora eu vejo que sempre dá...
Amigo, foi inútil me desgastar.

                                                                     Gabriela Duarte.


P.s: Fiz esse texto pensando em todas as gerações de jovens do século XX e XXI e na pressa pra viver tudo de uma vez. bjs!

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Flor de Lótus.

Oi, meu nome é Kessie, tenho 23 anos,...
Moro no interior da Califórnia numa cidade tranqüila de poucos habitantes... me formei em arquitetura, atualmente trabalho numa construtora e frequento uma academia perto da minha casa,
Moro sozinha num apartamento pequeno, tenho muitos amigos, uma família linda e um coração vazio...
Minha história começa quando eu tinha 10 anos de idade, nessa época eu costumava brincar com as crianças do meu bairro diariamente e tinha um vizinho em especial que se dava muito bem comigo, era meu melhor amigo, o Erick... Os anos se passaram, a gente cresceu
E aquela amizade de infância foi virando amor, nos apaixonamos e naturalmente começamos a namorar... Namoramos por três anos, ele vivia dizendo que adorava meus  longos cabelos ruivos e encaracolados , meu nariz arrebitado e meus seios macios. Era o que ele mais elogiava em mim, na infância ele gostava de passar a mão no meu cabelo e dizer que tinha cheiro de melão, crescemos e ele não perdeu o costume...
Quando eu completei 16 anos nós fomos acampar com uma turma de amigos, e no dia de vir embora tivemos uma discussão, eu e o Erick, por motivos de ciúmes (ele era muito ciumento) e eu resolvi vir embora na frente com um casal de amigos e mais uma amiga, sofremos um acidente, nosso carro colidiu com um ônibus. O Douglas, que vinha dirigindo o carro, morreu na hora, as outras duas garotas tiveram ferimentos leves, eu quebrei o nariz, duas costelas e tive vários hematomas, fiquei internada  alguns dias meus parentes e amigos me visitavam diariamente, inclusive o Erick, mas só me lembro claramente dele nos três primeiros dias, quando saí do hospital me fizeram uma festa de boas vindas, tudo estava voltando ao normal, exceto o Erick pois eu fiquei um tempo de gesso e não podia acompanhá-lo aos lugares que nós costumávamos ir e ele foi se afastando aos poucos, até que me curei completamente e voltamos a nossa rotina de casal baladeiro, ele era um cara que adorava sair, assim como eu.
Mas depois de um tempo comecei a sentir dores estranhas no seio esquerdo fiz alguns exames e no dia do meu aniversário de 17 anos descobri que tinha câncer de mama, segundo os médicos eu o tinha contraído após o acidente, devido ao impacto da colisão de alguma forma tinha atingindo meu seio causou um nódulo que posteriormente resultou na doença, comecei a fazer tratamento e tive de retirar a mama, o Erick estava comigo fisicamente em muitos momentos mas foi se afastando sentimentalmente de mim e eu sentia isso, mas me calei, afinal minha saúde era o mais importante e estava em risco,eu tinha o apoio da minha família, dos meus amigos... quando comecei a fazer quimioterapia meu cabelo começou a cair, tive de raspar a cabeça e usar lenços, isso não me incomodou muito, o mais importante pra mim era estar viva. Quando o Erick foi me visitar no hospital um dia depois de eu ter raspado a cabeça, eu estava de lenço e ele entrou no quarto mas ficou na porta, falou pouco e evitava me olhar nos olhos, foi então que eu o chamei pra perto, ele hesitou mas se aproximou e pedi que ele me olhasse ele levantou o olhar, como quem está fazendo um esforço tremendo e me encarou com pouca coragem, eu ergui meu braço e tirei o lenço, ele rapidamente olhou pra janela e começou a falar do tempo, e pedi que ele me olhasse novamente, ele olhou, mas ele olhou como se me ver fizesse doer cada músculo do seu corpo mas eu continuei e disse: “O que você acha de mim agora?” e isso me lembrou uma cena de quando nós tínhamos 13 anos e eu estava com uma fita amarela no cabelo e ele estava me admirando eu retirei a fita e perguntei o que ele achava e ele disse com os olhos brilhando: “Está linda, sem fita é melhor ainda mas para de bobagem, você ficaria linda até careca” eu sorri e o pior, acreditei!
Mas naquele momento a resposta dele pra minha pergunta foi o silencio, silencio frio e doloroso, os olhos dele não brilhavam mais, eles mal conseguiam me encarar sem cabelos, ele virou e saiu do quarto, eu chorei. Passei um bom tempo sem vê-lo, me recuperei do câncer, coloquei uma prótese mamária, meu cabelo cresceu e eu segui minha vida, nunca mais me apaixonei de verdade, sinto como se aquele dia no hospital minha capacidade de amor e esperança tivesse se dissolvido em minhas tantas lágrimas... Aquele foi o ultimo dia que chorei por um homem que não fosse meu pai. Depois disso tive vários homens, recebi flores, declarações, juras de amor eterno, lágrimas e canções mil, mas nada me comoveu ou me moveu. Hoje sou incapaz de amar alguém ou de imaginar um futuro, os vejo como pedaços de carne que vão me divertir, me dar prazer e me dizer coisas bobas nas quais eu jamais irei acreditar de coração. O Erick? Encontrei com ele mês passado soube que anda com problemas com a bebida, conversamos por 14 minutos ele tentou me cantar, achei graça, virei as costas e fui embora. Meu coração? De pedra, como de costume.
                                                                                                                           
                                                                                                               Gabriela Duarte.

P.s: Gente, desculpa os erros.. Postei esse texto/carta sem revisar antes, bjs.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Sentimentos variáveis

Plantasses uma flor em meu circo
E me fizeste de palhaço em teu jardim
Me transformasse no teu sol nessa chuva
No teu sol neste inverno sem fim

A vida inacabada
E o sofrimento sem dor
A paz no meio do guerra
Entre o namoro sem amor

O brinquedo que não se quebra
E o arco-íris incolor
O jogo fora da regra
Nestas transas sem pudor

Tudo agora é confusão
E em meio a tantas tristezas,
Bebedeiras e diversão,
Satisfeito e confuso, bate meu coração...

                                                                                                        Jean Lacerda.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Fases

Meus olhos não estão fechados
E eu não estou só, posso sentir
Na minha vida por todos os lados
Estão pessoas a entrar e sair

Meus olhos estão entreabertos
E está tudo desmoronando
Chorando por futuros incertos
Lamento o ar que estou respirando

Tudo já me é permitido
E é tão difícil ser seu próprio dono
As coisas que eu fui concebido
Pouco a pouco vão se afastando

Meus olhos estão abertos; eles estão
Mesmo assim não consigo me ver
Essa minha face de garotão
Que com um sorriso lindo faz pessoas sofrer

Sei que esse não sou eu, irreconhecível
Então me questiono diariamente
Porque nem com meus olhos abertos,
Será que eu consigo seguir em frente?

Essas fases de olhares se transmutam
A cada dia em meu coração
Pra onde está indo a minha vida
Se posso sentir as lágrimas da perfeição.

                                                                                                               Jean Lacerda.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

.



"Essa vida viu, Zé. Pode ser boa que é uma coisa. 
Já chorei muito, já doeu muito esse coração. 
Mas agora tô, ó, tá vendo? De pedra.
Nem pena do mundo eu consigo mais sentir. 
Minha pureza era linda, Zé, mas ninguém entendia ela,
Ninguém acolhia ela. Todo mundo só abusava dela.
Agora ninguém mais abusa da minha alma 
Pelo simples fato de que eu não tenho mais alma nenhuma. 
Já era, Zé. É isso que chamam de ser esperto? Nossa, 
Então eu sou uma ninja.
Bate aqui no meu peito, Zé? Sentiu o barulho de granito? 
Quebrou o braço, Zé? Desculpa!"


                                                                            Tati Bernardi.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Eu não preciso te esquecer

Eu só preciso te amar e te abraçar
Te ver e sentir, saber do seu amor
Eu só preciso sonhar e acordar
Com seus abraços beijos e calor

Só preciso da sua sintonia
Aqui, para limpar minha alma
Dessa tristeza que virou meu dia
Que atormenta e me tira à calma

Eu posso, quero e preciso,
Eu sinto choro e suplico,
Pois sem você não sobreviverei
Só você pra me tirar dessa solidão rei

Então não me diga o que não quero ouvir
Não me fales que preciso te esquecer
Porque de tudo que eu mais preciso
É aqui do meu lado poder ter você.

                                                                                  Jean Lacerda.!

sábado, 18 de junho de 2011

Metáforas.

E vai indo, indo com a maré toda impureza, as oferendas, os barcos...
O vento me abraça e me deixa livre, leve e solta...
E eu permito que leve, leve tudo, tire de mim, peço que deixe apenas a areia limpa
E meus pés pra que eu possa caminhar, engatinhar quem sabe, como criança que dá os primeiros passos sozinha, sem medo!
O céu azul é tão bonito, o mar imenso, tudo é sol... 
Na areia uma clave de sol desenhei pra não esquecer, a música se fez e o dia é novo, novinho sem rugas...
A noite um cobertor de estrelas brilham, brilham despretensiosamente, eu que sou pequena, observo e fico naquele transe sem tempo, o vento assovia em meu ouvido que a madrugada chegou e sem que eu consiga perceber num piscar de olhos o dia nasce, e o sol vem trazendo sua luz e seu calor, logo o dia acaba e esse ciclo é eternamente repetido sem se adiantar, nem atrasar... olha não sei quanto tempo passei nesse meio espaço de tempo num sei o que, mas eu sei que foi suficiente pra me convencer que a vida passa enquanto a gente dorme e quando a gente para ela não para pra esperar, ela continua sem pedir licença. A vida, amigo não te dá escolha ou você vai ou ela te empurra.

                                                       
                                                                                                          Gabriela Duarte

domingo, 12 de junho de 2011

Te desejo uma fé enorme.


Em qualquer coisa, não importa o quê.
Desejo esperanças novinhas em folha, todos os dias.
Tomara que a gente não desista de ser quem é por nada nem ninguém deste mundo.
Que a gente reconheça o poder do outro sem esquecer do nosso.
Que as mentiras alheias não confundam as nossas verdades, mesmo que as mentiras e as verdades sejam impermanentes.
Que friagem nenhuma seja capaz de encabular o nosso calor mais bonito.
Que, mesmo quando estivermos doendo, não percamos de vista nem de sonho a ideia da alegria. Tomara que apesar dos apesares todos, a gente continue tendo valentia suficiente para não abrir mão de se sentir feliz. As coisas vão dar certo.
Vai ter amor, vai ter fé, vai ter paz – se não tiver, a gente inventa.
Te quero ver feliz, te quero ver sem melancolia nenhuma.
Certo, muitas ilusões dançaram.
Mas eu me recuso a descrer absolutamente de tudo, eu faço força para manter algumas esperanças acesas, como velas.
Que esse ano seja doce. Repito sete vezes para dar sorte: que seja doce que seja doce que seja doce e assim por diante.
Que seja bom o que vier, pra você.

                                                                                               Caio Fernando de Abreu

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Os olhos do meu amor

Eu estou sem caminho amor
Estou indo para onde a vida for
Esperando o nascer de um lindo dia
E que venha com ela uma nova guia

Esses seus olhos negros amor
Agora é tudo que tenho
Então me guie e me liberte
Pois sem eles sinto que estou mais perdido

Eu estou mesmo sem direção
E você? O que pode fazer por mim?
Posso sentir o que você sente
Mais porque essa escuridão não se vai?

É porque os seus olhos negros amor
Hoje é tudo o que eu tenho
Então busco, clamo, e nada muda; nada
Sinto que estou realmente perdido

Posso sentir, qual é a minha direção
Pois ao ver os seus olhos negros
Ouço cavalos em meu coração


Só te peço que me guie,
Me leve contigo nessa estrada
Sem você e seus olhos negros,
Sinto que sou menos que o nada...

                                                                                      Jean Lacerda.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Não brinque de vida, VIVA

A vida não é brincadeira
E talvez Deus não seja besteira
É incrível nossa fé quando não professamos
E quando postos em prova, falhamos

Repito, a vida não é descartavel
Cada ser no mundo é infindável
Possui sua crença, família e valores
Seus anjos, demônios e amores

Então não brinque com seu viver, viva
Agradeça por todos os momentos
Cresça transformando todo o negativo em bom sentimentos
Fazendo assim quem te ama cada dia mais feliz

Se ao invés de um amigo,
Agora fostes um triste poema
Consegue imaginar a fenda no coração
De todos que te amam meu querido irmão?

NÃO BRINQUE DE VIDA, VIVA...

                                                                                                            Mauricinho.

domingo, 29 de maio de 2011

Epifania, apenas.

Esse é um assunto delicado, então você aí que me lê (está me lendo) cá entre nós, não leve em consideração pessoas com deficiência mental ou desvio de caráter como os corruptos, assassinos, terroristas e estupradores, ok? Agora vamos ao que interessa...

Quando você julga uma pessoa por certa atitude você não leva em consideração que tal pessoa pode ter motivos bem justificáveis pra isso, cada cabeça é um mundo!
Eu não cheguei a essa conclusão do nada não, tem sido anos observando isso, convivendo com isso já vi, ouvi e até presenciei histórias que são mesmo de se pensar...
Quando você vê um sujeito andando na rua é muito fácil taxá-lo como fulano de tal a julgar pela aparecia ou até mesmo por atitudes superficiais, mas nunca param pra pensar: Qual será a história dessa pessoa...
Até mesmo quando pessoas próximas da gente começam a agir diferente, julgamos, brigamos e até nos afastamos dessas pessoas sem procurar saber nem mesmo o que se passa na vida da mesma, mas pior fazemos com conhecidos que não são próximos, pois eu canso de ver e ouvir pessoas falando mal de outras, desdenhando as atitudes alheias, julgando as aparências, as companhias, as atitudes e isso me causa uma sensação ruim, sabe como é? Essas pessoas que se julgam ‘boas demais’ ou ‘corretas demais’, em minha opinião são as piores, me desculpa, mas pra mim são elas que merecem ser desdenhadas, sinceramente eu sinto pena!
Mas acredito também que toda atitude tem um ‘por que’ mas esses motivos em sua maioria não ficam a mostra, geralmente estão bem escondidinhos, mas existem sim, às vezes nem a própria pessoa sabe por que age de tal forma, mas no subconsciente dela tem algo que  a fez ser assim, algumas vezes são coisas pequenas que passam facilmente despercebidas, então não julgue ou se o fizer guarde seus julgamentos pra você, fulano ou ciclano não está interessado em saber o que você pensa não, o que você pensa é problema seu...
Penso que o verdadeiro mal da atualidade é o Ego, tanta gente que insiste em olhar somente o próprio umbigo e acredita ser o centro das atenções, como já havia dito: 'cada cabeça é um mundo e cada um desses mundos tem seus próprios problemas', eu acho triste o modo como as pessoas tentam parecer felizes vivendo suas vidas cheias de relacionamentos vazios, sorrisos falsos, tentativas desesperadas de aparecer ou parecer o que na verdade não é, vai saber...
Vai ver elas tem seus motivos pra isso também, não estou aqui pra julgar ninguém não.
Mas atitudes assim me parecem mais uma forma desesperada de pedir ajuda. Amigo(a) ,quem se sente preenchido de verdade não tenta provar isso pra ninguém, justamente porque não precisa, pense nisso!
                                                                                                                   
                                                                                                                     Gabriela Duarte.

P.s: Peço desculpas se cheguei a ofender qual quer pessoa, não foi a intenção, bjs!

terça-feira, 17 de maio de 2011

Criador de ilusões

Distribuindo beijos e abraços
É assim que me encontro
Cortando todos os laços
Com os quais me defronto

Ilusões não são o que busco
E sim o que mais produzo
Tampouco sinto quando ofusco
Confuso, te ponho em desuso

Então sigo em frente,
Essa reta é o caminho
Substituo as pessoas
Agora não estou sozinho

Dando tempo ao tempo
Vivendo lá e cá normalmente
Buscando entender essa troca equivalente
De amores por tempo, e tempo por gente.

                                                                                         Jean Lacerda.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Procura cega

Todos querem ser amados,
Ansiamos tanto que não conseguimos
Afinal, em dois seres machucados
Nos regeneramos ou nos destruímos?

Procuramos sempre o brilho do dia
Temendo na noite o pico de sua escuridão
Mas é na noite em que se forma o brilho
Que revive o dia através do ciclo da renovação

Assim como eu procuro você,
Da maneira que eu bem quis
Que até quando me fizer sofrer
Me deixará  triste me fazendo feliz

Tudo possuí sua singela raridade
Peguemos um pouco do que é perfeito
E esqueçamos toda a obscuridade
Dando o seu melhor, mesmo que do seu jeito
Verás que tudo na vida é de verdade.

Procurar não é melhor que se entregar,
E dar algumas vezes é melhor do que receber,
Olhando para a noite nada devemos temer
Porque logo após, um lindo dia irá nascer...

                                                                                        Jean Lacerda.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Quebre as correntes

Crie suas próprias regras e as quebre se for necessário, abra exceções, seja a exceção
Morra de raiva, grite de alegria, sussurre palavras gostosas...
Sorria pra um estranho, roube uma flor, chore, sinta saudades, não tenha vergonha...
Tome banho de chuva, faça amor, seja o amor de alguém...
Converse com crianças, abrace uma árvore, seja quem você quiser...
Use as roupas que você gosta, corte o cabelo (ou deixe ele crescer), observe o céu...
Fique em silencio, ouça o barulho da água, faça bolas de sabão, cante no banho,
Cante pela casa, fique bobo sem motivo, se reserve...
Cometa erros, peça perdão, tente outra vez, experimente a sinceridade...
Minta se necessário, seja feio(a) quando quiser, abrace forte, cheire as pessoas, ame em excesso, não alimente raiva, faça coisas sem pensar, fale coisas da boca pra fora, sempre que voltar um passo atrás ande três pra frente, doe, tome sorvete no inverno, divida seu sorvete com alguém, sinta ciúmes, voe, sinta prazer, dê prazer a alguém, chore de rir, leia um livro, cresça, ensine, aprenda, perdoe, viva!

                                                                                                                     Gabriela Duarte

terça-feira, 3 de maio de 2011

Querida Princesa

Que a vida não me traga só um sonho
Que envolve tanta mágica e beleza
Mais traga também um grande amor
E um beijo seu, ô linda princesa

Tu, que és a mais bela de todas,
Não é princesa de reino nem de trono
Dos meus pensamentos já nem sou dono
Pois não são mais meus, tenha certeza, são teus princesa.

E o que mais irá tirar de mim?
Com seu sorriso singelo, enfim,
Tire-me a amargura e a solidão
E traga-me alegria e a paixão

Pra que nos tornemos um só,
Um só de amor, um só de poder
Não temos castelos, porém juntos,
Rei e rainha nós podemos ser...

                                                                     Jean Lacerda.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Vinte e Dois.


Me leva daqui pra algum lugar, qual quer lugar ou pra lugar nenhum...
A noite veio e te levou com ela: Deitei, sofri, jurei, pensei, dormi...
Quando acordei vi você, te beijei e chorei mas senti meu pulso pulsar
Tão forte e eu não pude me conter, desatei meus nós e me abriguei em você
Te olhei e me vi, não me perguntei o “por que”, somente fechei os olhos e agradeci
O cheiro da sua pele tomou conta de mim, viciei não sei fugir...
Não vão entender, podem não aceitar, não querem perguntar...
Mas não importa, só consigo ver meus olhos cheios de saudade,
Podem até não acreditar, mas meu amor, do nosso amor é a gente que sabe.

                                                                                                        Gabriela Duarte.


P.s: Qual é o Por que do título? fiquem a vontade pra dar palpite, bjs.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Confissões de uma Bailarina.


Sempre presa em sua caixinha de vidro, é assim que você me quer...
Não me solta, não me deixa, não me permite ser mulher...
Espero o dia inteiro para dançar pra você durante a noite...
Te imploro que me solte pra que o mundo eu possa conhecer, 
Mas você nega e diz que nunca vai deixar o mundo me ver...
Pra mim você é tudo que eu conheço de mim, és meu espelho, meu lar...
Mas entenda-me, querido, eu preciso voar...
Minhas sapatilhas me apertam os pés cansados de bailarina e 
Meu collant cor-de-rosa já não me serve mais...
Dançar pra você já não é tão bom quanto a semana passada...
Não me leve a mal, talvez eu esteja apenas cansada...
Uma vez mais te peço: Deixa eu dar a volta ao mundo para que o mundo possa me ver...
E depois, meu bem, você sabe, mas eu posso até prometer que um dia, um dia eu volto pra você...

                                                                                                                    Gabriela Duarte


P.s: Texto inspirado no clipe da música "Te amo - Vanessa da Mata" e a ideia da "caixinha de vidro" surgiu de uma conversa que tive com alguém que considero muito, esperam que tenham curtido, beijos!

sábado, 9 de abril de 2011

Chuva



Chove chuva, não para de chover...
Se chove chuva serena, o que se há de fazer?
A chuva me trás teus traços ao anoitecer
Se chuva fosse eu, meu eu molharia você?

Teu beijo de chuva, não vou esquecer...
Por que chuva sou eu, chuva é você,
Depois da chuva quero adormecer
Pra não morrer de saudades
Vou ver a chuva chover...

                                                              Gabriela Duarte

terça-feira, 5 de abril de 2011

Atrás da porta

Perdido, nas entrelinhas
Desse amor inconstante
Meu corpo no corpo seu
E meu coração em sua estante

Já não suporto ser maltratado
Por inconstâncias tão relevantes
Atrás da porta está o pecado
Dentre a beleza, as formas impuras e degradantes

Fórmulas perfeitas da adversidade
Com os olhos claros da ingenuidade
Se revela a parte mais sombria
De um ser que transmuta a dor em alegria

Foco, controle, manipulação
Esqueçamos isso, não choremos em vão
Atrás da porta existe um outro caminho
Triste e longo, onde cada um segue sozinho.

                                                                                                             Jean Lacerda.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Desejando não ser quem sou.

Eu só queria te esquecer
Não te ter hoje e nunca mais
Desopilar, espairecer
Quem sabe até não te ver jamais

Eu penso que, meu coração; é meu
E sinto que é teu...
Como pode isso?
Eu querer viver você, se você não quer me viver?

Anjos mentem para manter o controle
E talvez você não seja anjo nenhum
Então o porquê de tantas mentiras?
Se pra você não fiz mal algum?

Certezas eu tenho, que me maltratam
Ameaçam e machucam
Devaneios que não acabam
Enquanto minhas decisões me frustram

Por outro lado tenho toda a simplicidade
Sei o que me faz bem, trás felicidade
A vida é um pequeno jogo de xadrez
Sou o rei, a rainha e todas as peças de uma só vez.

                                                                                                            Jean Lacerda.

segunda-feira, 28 de março de 2011

O Efeito Libelula

Assim, como aquela árvore no alto da montanha, preservo meus pensamentos, ora esquecidos, ora fazendo sombra nas minhas idéias...
É, eu realmente espero muito pouco de todo o mundo mas espero demais de mim mesma e acontece que ás vezes eu fico de mal, sabe como é?
Sumo por uns dias e me evito bastante até a que a calma venha e volto a me olhar
No espelho de novo e me achar mais bonita que a semana passada...
É que eu tenho dessas coisas, sabe?
E apesar de resistir bastante, tenho uma queda por mim mesma que não me permite me esquecer, é incrível mas é que eu não me permito me fazer mal e me respeito muito apesar de todos os defeitos... Talvez seja esse o segredo do meu sorriso fácil...
Puxo pra perto de mim tudo que me faz bem e o que não faz, desculpa, mas eu empurro mesmo...
Só que ás vezes tenho algumas crises e sacrifico meu bom-humor pra tentar fazer bem as pessoas que me cercam, nunca neguei ombro amigo a quem precisasse, além do mais sou cheia de abraços guardados e sempre tenho algum disponível pra qual quer coração apertado que venha a precisar...
É que eu sou assim, sabe?  Vem do meu jeito de ser mesmo, não se incomode se eu não liguei pra pedir desculpas ou se eu não voltei a falar naquele assunto que parou pelo meio, eu não gosto de admitir, mas eu também sou feita de meios, assim como um quadro que nunca foi acabado vez ou outra a gente dá um retoque aqui outro ali e vai deixando, deixando...
Só que eu também não sou apenas um quadro (no singular) eu pinto muitos quadros, quase todo dia reinvento um novo e começo a colorir com as cores que me embalam no momento, ops eu também sou feita de momentos...
E quando eu começo assim nunca acabo, parei pra pensar e veja bem que curioso, nunca que eu me lembre eu terminei uma conversa ou um assunto totalmente (coisas informais) até parece que minha vida é feita de reticências, sei lá sempre achei que as reticências me incomodavam mas por outro lado elas nos dão o poder de continuar de onde paramos, concorda?
mas poxa tenho tantos planos, todo mundo tem!
Dá vontade de jogar tudo pro alto e sair por aí, mas agora não posso me dar o luxo de fazer isso, não mesmo, antes disso vem a parte chata de construir alguma coisa primeiro pra poder jogar pro alto, mas por enquanto é só isso mesmo, vamos devagar saboreando o sorvete enquanto o carro não pára, né?



                                                                                                             Gabriela Duarte.
p.s: Sobre uma (ou quase) epifania matinal de um domingo normal...

Só saudade.

A saudade é tudo que tenho
Junto da nossa lembrança
A nossa foto ao meu lado traduz
O retrato do que fomos e a esperança

Preciso te rever, te tocar
Por alguns instantes te olhar
Não posso esquecer de esquecer
Que viver sem você não é viver

Te dei meus pés e estou sem meus passos
Como seguir sem calor se ele está em teus braços?
Não posso por fim ao fim que você me deu
Só posso sonhar com o que a gente viveu

A saudade não se reflete só ao passado
Se reflete na tradução do que está ao meu lado
Ao teu; ao nosso. Não é só saudade do amor, amizade
É saudade de tudo que foi nosso de verdade.

                                                                                                 Jean Lacerda.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Não é só amor de carnaval

Mais um ano se passou
E de novo carnaval,
Não sei o que o destino reservou
Preciso te ver, fazer meu sonho real

Meu coração precisa explodir
Com tanto sentimento transbordando
Sua dor irei substituir
Com esse amor que anda me sufocando

Eu quero te rever
A melhor lembrança que tenho
Nós dois juntos, um casal
Você; meu grande amor do carnaval

Preciso de ti, do seu puro sorriso
Pegar na sua mão e te sentir
Carnaval se foi mais me deu o paraíso
Sinta o que sinto, e não te deixarei partir

Estou aqui amor, estou tentando
Não estou contigo mas estou lutando
Pra todos ao redor estou proclamando
Você não é só amor de carnaval.

                                                                                                           Jean Lacerda.

domingo, 20 de março de 2011

Um clichê social





Nesse mundo de beleza superficial o sentimento é artificial...
Caras e bocas são expostas em bancas de jornal, 
Rótulos e marcas são seguidos a fio
pela juventude sem norte, 
os sons que tocam no rádio cibernético da era digital
faz, em quem ouve, uma lavagem cerebral.
Onde está aquela turma revolucionária dos anos mil novecentos e oitenta e tal?
Por que nos dias de hoje é tudo tão igual?
há quem faz por onde ser diferente, mas de verdade, na real?
é tudo uma questão de mente.

                                                        Gabriela Duarte.

quarta-feira, 16 de março de 2011

O grande medo de um ser corajoso.!

A lua não teme a escuridão
E os anjos não temem o mal
Em vôo livre nessa imensa depressão
Eu busco na queda enchergar o que é real

A dor causadora desse desastre
Um amor que acabou tão cedo
Tento não deixar que isso se alastre
E sigo perante ao medo

Me sinto como um rato
Perto de ti, uma gigante
Eu já fui grande, e nesse instante
Sou uma gota perdida no mar

Não temo a queda pois tenho forças
E nem o gigante pois tenho braços
Sou uma gota, gota de puro amor
E não um mar de ilusão

Eu não tenho medo do fim
De me perder e te encontrar em mim
Não tenho medo da vida, da ferida e da dor,
O que me amedronta, é um falso amor...

                                                                                                                 Jean Lacerda.!

sexta-feira, 11 de março de 2011

Meta, metano, mitose, metamorfose.

Minha euforia é tão grande que não cabe em mim mesma, 
Decidi soltar as amarras e me entregar ao novo, 
Ao desconhecido, ao inusitado, 
Estou adentrando num túnel de luz neon que me cega
E não me permite enxergar nem mesmo as brechas, 
Eu gosto disso, sempre gostei de tatear as coisas 
Pra saber quando é quente ou quando é frio e qual a textura de cada qual
Não sei te dizer quem sou agora.
Minha essência não mudou e meus valores continuam os mesmos,
Mas minhas idéias estão embaralhadas 
E minhas vontades são muitas e muitas outras, 
Sinceramente não sei onde vou chegar, talvez meu destino seja não chegar...
Só sei de uma coisa: eu quero o máximo do mínimo!

Meu corpo me diz a todo tempo sem pausa: eu estou mudando e me mandando...
        
                                                                                            Gabriela Duarte.

Tiquetaqueando na batida do coração.

Tinha suspirado, tinha olhado os olhos 
e desejado aquela pele vorazmente...
Era a primeira vez que lhe ocorriam aquelas vontades
 e seu desejo dilatava-se
Em meio aquele calor amoroso... 
Então mergulhou seu corpo quente no embalo daquele
Momento e atirou seus lábios ressequidos num beijo tépido;
Sentia um acréscimo de estima por si mesma 
e parecia-lhe que cada movimento
Condizia a um êxtase
e foi assim que lhe ocorreram as primeiras sentimentalidades
 enquanto a sua alma se cobria de um luxo radioso de sensações.


                                                                                         Gabriela Duarte.

quarta-feira, 2 de março de 2011

O efeito borboleta.

" Quem escreverá a história do que poderia ter sido?
O irreparável do meu passado, esse é que é o cadáver.
Se em certa altura
Tivesse voltado para a esquerda em vez da direita;
Se em certo momento
Tivesse dito sim em vez de não ou não em vez de sim;
Se em certa conversa
Tivesse dito as frases que só agora, no meio do sono elaboro –
Se tudo isso tivesse sido assim,
Seria outro hoje, e talvez o universo inteiro
Seria insensivelmente outro também.”

                                                                                                      Fernando Pessoa



segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Iludindo o meu viver.

É uma inquietação em meu peito
A minha mente não para no lugar
Eu só queria um tempo, assim como me deito
Ficar sozinho e não ver o tempo passar

Botar a minha vida nos trilhos e reorganizar-me
Sentir por instantes que eu sou meu, e só meu
Sem satisfações, ligações, ou sentimentos
Eu só queria ser livre, e preso em alguns momentos

A realidade é que sei tudo que quero e quem sou
Eu só não sei tudo que eu sinto
Eu tenho as vontades e os desejos de uma criança
E vivo tão sufocado que nem sei que horas são

O peso do mundo em minhas costas,
E o meu peso não possui ninguém
Mentiras nas verdades ficam expostas
E eu só queria ver o meu reflexo em alguém.

                                                                                                        Jean Lacerda.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

?


       "Quanto mais eu conheço o ser humano, mais eu passo a admirar os animais, pois me espanta a eficiência das pessoas de se tornarem feitas de 'faz de conta'. "

                                                                                    Gabriela Duarte.