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terça-feira, 9 de agosto de 2011

Nostalgia de um romance inventado.

Se eu te ligar de madrugada pra conversar sobre os livros e as letras das musicas, me acharia louca?
E se eu disser que sinto saudades dos nossos vinhos, dos ciúmes, das brigas, dos carinhos...
Quando você segurava meu queixo e dizia que eu não presto, eu calada, cínica te encarava
Tu me beijavas a boca, me segurava e não soltava... Que saudade de você.
Do teu jeito desajeitado de me olhar quando meu cabelo estava preso e quando por cima do livro e dos óculos eu te olhava, você não sustentava meus olhares, sempre desviava!
Eu te chamava frouxo, tu me odiava e me sacudia pelos ombros dizendo que eu não merecia o quanto você me amava e eu com malicia sorria, até gargalhava e você, outra vez me beijava.
Eu ria das revistinhas em quadrinhos que você escondia embaixo da cama, dos ovos que você não sabia fritar...
Você penteava os cabelos de um jeito ridículo quando saia do banho, eu sempre o desarrumava e você ficava bravo, eu já disse que você é lindo quando fica bravo?
Enquanto você levava tudo a serio eu me divertia, todas as vezes que você ficava escondido me observando dançar sozinha eu sabia que você estava lá, você gostava dos meus pés, eu lembro.
Preferia chá enquanto eu sou fã do café preto, eu nunca disse a você, mas eu sacava quando teus olhos mudavam de cor, a cicatriz na tua sobrancelha esquerda sempre me atraiu, você também não sabe disso... Todos os dias você se declarava e eu calada, sorria...
Você dizia brincando que eu te maltratava, acho que é porque na verdade, eu nunca fui capaz de dizer o quanto te amava.

                                                                                                            Gabriela Duarte.


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