Travei batalhas sem fim
Sofri e sangrei, a morte parecia próxima
No entanto, ao longe o ar ficava leve,
A luz tímida começava a surgir em minha frente
Eis que era tu, que de tão bela resplandecia-me com teu brilho
Que de tão pura acalentava-me apenas com teu olhar
Um ser soberano, com magias e dragões a me espreitar
Sentindo que podia vencer tudo, se vinhestes a me amar
Quando finalmente a luz queimou levemente a minha face,
Conseguia ver tuas imperfeições e deslizes, tuas belas mentiras
Nada disso estraçalhou o amor que ainda carrego
Não és divindade ou magia mas me vês como um milagre
Neste reino onde estou sempre a lutar, cair e levantar-me
O que me resta agora além de amarguras, esperança e solidão
Neste reino que é tão lindo e cruel, que grita, sofre e sangra,
Onde nenhum ser jamais será soberano, neste reino que se chama coração.
Jean Lacerda, Wilson Vasconcelos.
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