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sábado, 18 de junho de 2011

Metáforas.

E vai indo, indo com a maré toda impureza, as oferendas, os barcos...
O vento me abraça e me deixa livre, leve e solta...
E eu permito que leve, leve tudo, tire de mim, peço que deixe apenas a areia limpa
E meus pés pra que eu possa caminhar, engatinhar quem sabe, como criança que dá os primeiros passos sozinha, sem medo!
O céu azul é tão bonito, o mar imenso, tudo é sol... 
Na areia uma clave de sol desenhei pra não esquecer, a música se fez e o dia é novo, novinho sem rugas...
A noite um cobertor de estrelas brilham, brilham despretensiosamente, eu que sou pequena, observo e fico naquele transe sem tempo, o vento assovia em meu ouvido que a madrugada chegou e sem que eu consiga perceber num piscar de olhos o dia nasce, e o sol vem trazendo sua luz e seu calor, logo o dia acaba e esse ciclo é eternamente repetido sem se adiantar, nem atrasar... olha não sei quanto tempo passei nesse meio espaço de tempo num sei o que, mas eu sei que foi suficiente pra me convencer que a vida passa enquanto a gente dorme e quando a gente para ela não para pra esperar, ela continua sem pedir licença. A vida, amigo não te dá escolha ou você vai ou ela te empurra.

                                                       
                                                                                                          Gabriela Duarte

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