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sábado, 27 de novembro de 2010

Eu nunca fui uma moça bem-comportada.



"Pudera, nunca tive vocação pra alegria tímida,pra paixão sem orgasmos múltiplos ou pro amor mal resolvido sem soluços.

Eu quero da vida o que ela tem de cru e de belo.Não estou aqui pra que gostem de mim.Estou aqui pra aprender a gostar de cada detalhe que tenho.E pra seduzir somente o que me acrescenta.
Adoro a poesia e gosto de descascá-la até a fratura exposta da palavra.
A palavra é meu inferno e minha paz.
Sou dramática, intensa, transitória e tenho uma alegria em mim que me deixa exausta.
Eu sei sorrir com os olhos e gargalhar com o corpo todo.
Sei chorar toda encolhida abraçando as pernas.
Por isso, não me venha com meios-termos,com mais ou menos ou qualquer coisa.Venha a mim com corpo, alma, vísceras, tripas e falta de ar...
Eu acredito é em suspiros,mãos massageando o peito ofegante de saudades intermináveis,em alegrias explosivas, em olhares faiscantes,em sorrisos com os olhos, em abraços que trazem pra vida da gente.
Acredito em coisas sinceramente compartilhadas.
Em gente que fala tocando no outro, de alguma forma,no toque mesmo, na voz, ou no conteúdo.
Eu acredito em profundidades.
E tenho medo de altura, mas não evito meus abismos.
São eles que me dão a dimensão do que sou."

                                                                                     Maria de Queiroz

Um presente.


Teus lábios á molhar os meus, o cheiro de tua pele inunda meus pulmões enquanto o calor do teu abraço aquece meu corpo...
Sensação de bem-querer invade minhas veias e circula livre aqui, te quero assim perto de mim, teu sorriso me alegra e teus olhos, ah teus olhos, esses são os mais bonitos, já falei deles pra ti?
Ah meu querido, se tu soubesse o bem que me faz ficaria bem aqui pra ver o dia amanhecer e logo ver o sol se pôr, há tempos meu coração não vê tanta luz, há tempos não sinto carinhos sinceros por outros, há tempos...
Eis aqui um sentimento, daqueles que acontecem de vez em quando...
Tão brotinho e já faz um bem danado, imagine quando crescer...
Sinceramente meu coração tem batido mais forte por ti, sinceramente estou a lhe dizer
Que eu aceitei esse amor e sinceramente, eu venho desarmada. Assim como um diamante bruto que espera ser lapidado cuidadosamente e só é entregue a alguém de confiança para tal, eis que te escolhi para fazê-lo e é assim, de coração e mãos abertas que te entrego meu diamante, cuide dele, pois agora ele lhe pertence.

P.s: Ao causador do meu sorriso constante...

                                                                                      
                                                                                               Gabriela Duarte. 

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Pensar é um ato, sentir é um fato...


 "Não sou pretensiosa.
 Escrevo para mim,
 para que eu sinta a minha alma falando
 e cantando, 
às vezes chorando.." 
                    Clarice Lispector.
                                                                          " Não me prendo a nada que me defina.
                                                                           Serei o que você quiser, 
                                                                           mas só quando eu quiser."
                                                                                                                 Clarice Lispector.


P.S: Resolvi fazer algumas citações de vez em vez de alguns escritores que me chamam atenção, espero que gostem, bjs.

Gabriela Duarte.        

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Dias assim

Eu não posso mais me perder assim
E me sentir como se já não fosse mais humano
Os meus demônios me possuindo
E os meus anjos não estão lutando

Eu já nem penso, nem como e nem bebo
Já nem tenho mais amores,insconcientemente eu pratico o desapego
Nada mais me alivia, só fumar me da sossego
Um zumbi em meu rosto, agora eu vivo meu lado negro

O problema de tudo não é a mentira, é a falsa verdade
O problema não é o sonho ruim, é quando ele se faz realidade
O vento que agora me toca não me traz frio e sim calor
O cigarro em mim boca, traz a paz e revela a dor

A nostalgia que me consome é como um cd arranhado
Suplico e choro quando vou dormir, não me mexo pois estou sufocado
A repetição é contínua e a música é sempre a mesma
O preto dos meus olhos se tornam mais escuros

Já é de noite enquanto escrevo
No espelho da vida não mais me vejo
A minha mente convertendo tudo que é bom em mal
O mundo lindo em horror, tudo agora é desigual

Eu poderia chamar de sonho o que entendo por vida
Eu poderia chorar e te contar minha história sofrida
Anjos e demônios na verdade são iguais, e hoje, nenhum me faz bem
Já nem me importo, pois dias assim todo mundo vive. Dias assim todo mundo tem.

Jean Lacerda.

Meu amor, amor meu

Eu só te queria aqui
Nesse quarto que ainda é nosso
Esse velho quarto ainda é meu e seu
Meu amor, amor meu

Nossa canção eu ainda ouço
Incrível como ela ainda me deixa bobo
Mas a sintonia nosso amor perdeu
Meu amor, amor meu

O teu cheiro em meu travesseiro
E tuas meias em meus pés
Nossos colos sem parceiros
E nossos dedos sem anéis

Ainda sinto o seu corpo aqui
Seus seios ainda estão em minhas mãos
Me devolva meu coração, se ele não morreu
Me devolva minha vida. Meu amor, amor meu.

Jean Lacerda.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

A nona nota de um brilho notório.


Se pinta, se empina, se enfeita...
Se agarra, se esmaga, espera...
Troco, conversa, cigarro, migalha...
Luzes, lantejoulas, chitas...
Maquiagens, perucas, sorrisos...
Nariz de palhaço no abrigo escuro e amigo...
Em casa, na cama, na TV , no banheiro...
Geladeira, pantufa, cinzeiro...
Solidão, ilusão e um diário...
Como é triste a tristeza de um palhaço...

                                                          Gabriela Duarte.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Aparências

Somos reflexos de tudo que fazemos
E tudo isso é o que constrói a nossa aparência
Acreditamos em Deus e apoiamos a Ciência
E mesmo que completos ainda vivemos em uma completa abstinência

Aceitamos as ilusões e perdoamos todas as decepções
Seguimos sempre fingindo, mesmo quando nada está bem
Sou tão sã que sou quase louco, tenho uma vida e vivo sem?
Tenho pessoas ou aparências, tenho todos ou não tenho ninguem?

Andamos todos acima de pontes invisíveis
No amor e na amizade visualizamos a perfeição
Sentimentos infindos, dignos e puros
Que nos enche de amor a alma e também o coração

Nos deparamos com as aparências em todo momento
Entre amigos, amores e até em um singelo casamento
A questão é: Você é real, ou de mentira?

                                                                                                       Jean Lacerda.

Melancolicamente falando...

                                                       Quem inventou o meio-termo?

Fala pra mim, onde você buscou essa tristeza constante e inconsolável.
Que parece arrebatar teu coração...
Onde você comprou esses olhos chorosos?
Fala pra mim quem te fez assim de papel machê e folhas de outono...
Menina porque você chora assim? Chora sempre uma dor sem fim
Vive em busca de um não sei oque e á espera de um algo mais
E não deixa fluir, e não se deixa sorrir...
Tu vives a falar de como a vida é bonita e de como teu castelo é triste, fala da poesia como se ela habitasse em teu seio.
Se sabe mulher e espera algo que nem tu mesma sabes oque poderia ser, abusa dos costumes e acorrenta-se ao medo, extrapola os limites, perde a cabeça, perde o corpo, perde a alma...
Os lençóis estão molhados, ou é quente ou é frio...
O sal foi desperdiçado, o mel está esparramado e não para de escorrer, ou é doce ou é salgado...
“metade mentira, metade verdade” ?

                                                                                                            Gabriela Duarte.

sábado, 20 de novembro de 2010

Inexplicável sentimento

Como expressar o que eu sinto
Se nem te vi e já te adoro tanto
Tal como o seu peito ser meu recinto
Que eu divido com outro e me acabo em pranto

Esse meu choro e esse meu sorriso
Talvez seja amor, talvez seja egoísmo
Não ouço os sons que me dão o aviso
E agora é tarde, já mergulhei no seu abismo

Eu me joguei com o corpo e com a mente
Meu coração; eu deixarei guardado
Te darei um pouco dele como presente
E se perderes, chorarei ouvindo um triste fado

Se me quiseres, iremos à pasárgada
Lá, eu serei teu e tu serás só minha
Onde ouviremos o canto dos pássaros
E dormiremos abraçadinhos de conchinha.

                                                                                                      Jean Lacerda.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Com você aqui

Com você aqui, o céu seria mais azul
De todos os amores, o nosso seria o mais raro
Toda canção seria de amor,
E teu aconchengo seria sempre o meu amparo

Com você aqui, eu não precisaria de anjinhos
Pra me envivecer, seu puro amor e seus carinhos
E todos os segundos tristonhos, ao seu lado se converteriam em sonhos
Tudo isso; com você aqui

Com você aqui, todo tom seria de Jobim
As estrelas do céu, tú daria pra mim
E em troca minha princesa, eu te daria todo o meu amor

Sei que o meu amor não é grande, mas é vedadeiro
Também sei que não és só minha, mais serei teu por inteiro
Tudo isso se não disseres não, se permitires que eu viva, com você aqui no meu coração.

                                                                                                    Jean Lacerda.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

O dom das palavras

O dom das palavras
Palavras são tudo,
Elas podem magoar,
Podem nos ferir, contudo,
Podem nos trazer o bálsamo e levar a sonhar.

O poeta as usa com sabedoria
Transmite em seus versos o que sente em seu coração,
É como um cantor quando ouve sua melhor melodia,
Traz paz, dá emoção.

As suas, tocam o meu ser
Do jeito mais profundo
Me faz ser e sentir, o ser mais feliz do mundo.

Suas palavras, ah, suas palavras.
Enchem de doçura e paz meu coração
Me dá paz, prazer, luz na escuridão.

                                                                         Carolina Almeida, Obrigado.Eu te adoro.

domingo, 14 de novembro de 2010

A morte do amor.

Talvez eu tenha feito tudo, tudo que eu realmente poderia fazer
Eu travei lutas e as venci; sofri bastante, e até amadureci
Aonde eu errei eu não sei, segui caminhos que eu escolhi
Brinquei de ser seu Deus, e me matei pra salvar você

Eu estou parado meu amor, olhando pra tudo que fiz
Todas essas caveiras já não me deixam reconhecer você
Eu apenas olho para o céu, sem me indagar se fui feliz


Prevendo me ofuscar por sua marguerita, me abandonar foi o mais sensato
Descobri o mal que eu não via em você, e vi o negro nos seus olhos claros
Sem devaneios e sem lágrimas, nada mais me é abstrato
Nas sombras mais escuras é que se encontram os brilhos mais raros

E eu agora estou parado meu amor; me enterre com suas angústias
Com suas marcas pregadas em meu peito eu te suplico
Me enterre meu amor, hoje sou eu quem te abdico.

                                                                                                        Jean Lacerda.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Sonhos são ilusões?

E cada noite abraçado ao travesseiro
Coração apertado de um menino guerreiro
O frio na barriga e os olhos brilhando
Pego o telefone e me vejo chorando

O tempo passa e o pensamento não para
Tic, tic, tic. 3 da manhã e eu estou acordado
Um cigarro acesso e escuridão por todo lado
O último trago e agora vou dormir

Fui dormir triste e acordei satisfeito
Que aura é essa que habita em meu peito?
Me perguntei sorrindo ao contemplar-me com o espelho
Minha face irradiante traduz o que realmente sou

Eu sou um ser gigante, nesse mundo de anões
Minha felicidade sim é verdadeira
Se os sonhos que me alegram são ilusões?
Isso; eu já não quero nem saber.

                                                                                                                       Jean Lacerda.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

What is real?

Algumas coisas não precisam ser ditas para serem entendidas
Alguns gestos não precisam ser feitos para serem decifrados
Meus lábios não precisam ser tocados para serem acariciados
Mais tuas marcas inesquecíveis estão sendo esquecidas

Alguns passos que por onde passei já se apagaram
Pegadas que com o tempo pelo sonho foi formado
Caminhos sombrios que o vento e a vida me levaram
A tortura da alma e da mente, num simples jogo de dado

É como enxergar os seres como um simples rebanho
Todos são iguais em gênero e tamanho
A overdose de perfeição que sonhamos em um dia ter
Nem sempre é tudo aquilo que a vida quer pra você

Rezamos e aceitamos, aprendemos e aperfeiçoamos
Somos todos crentes na descrença do amor
Enxergamos tudo apenas no toque de um coração
Somos de carne e osso; somos somente ilusão.

                                                                                                                   Jean Lacerda.

Senão é como amar uma mulher só linda, e daí?


"...Uma mulher tem que ter
Qualquer coisa além de beleza
Qualquer coisa de triste
Qualquer coisa que chora
Qualquer coisa que sente saudade
Um molejo de amor machucado
Uma beleza que vem da tristeza
De se saber mulher..."
Vinícius de Moraes.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Manias.

Se você bem me conhece sabe que sou de manias...
Sou daquelas que segura com as mãos, os dedos e as unhas,
Se fico impaciente, mordo os lábios e enrolo o cabelo, se a conversa é séria, cruzo as mãos, olho os olhos e falo com sinceridade...
Adoro comer bolo de colher e fazer carinho com os pés nos pés do meu namorado...
Costumo cantarolar músicas antigas, cheirar os cabelos do meu pai e beijar o nariz da minha mãe...
Tenho mania de lavar as mãos constantemente e verificar meus seios dez vezes por dia,
Costumo orar antes de dormir e conversar sozinha,
Adoro receber beijos na testa, na parte interna dos braços e na parte interna das coxas porque me faz rir...
Como morango olhando pro teto ou pro céu, tenho o costume de abraçar o travesseiro com as pernas...
Costumo cuidar do que é valioso pra mim,
Adoro sentir o vento fazer carinho em meu rosto, assim como adoro receber carinho em meus cabelos feito pelas pessoas que gosto.
Tenho também a mania de escrever as palavras que costumo ir mastigando e engolindo com gosto, prefiro amar por inteiro e sorrir com vontade, prefiro abraçar quem amo, ganhar flores e tocar tecidos feitos de seda.
                                                                                                             Gabriela Duarte.