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domingo, 4 de agosto de 2013

Sorte.


Quando te vejo não penso mais em rosas;
Seu lindo olhar que antes me engolia, hoje vive a chegar as horas;
Seu abraço que outrora me aquecia, hoje é protocolo;
Me perco, me deito e só nas lembranças me consolo.

Na época que o tempo era pequeno, Eramos gigantes,
Brindávamos as noites com sorrisos e sabores,
Hoje já não sei oque nos fez tão vacilantes;
Meus olhos já não conseguem mais te ver a conduzir
Nosso volante.

Na época que eu sentia medo de altura
Tinha sua mão a me guiar;
Quando finalmente me convenceste a pular,
Em plena queda livre senti a solidão me abraçar
E no solo vi minha imunidade se espatifar.

Quantos momentos inesquecivelmente mágicos protagonizamos?
E quantas foram as promessas que quebramos?
Segui até depois do fim em um automóvel quase sem combustível
E depois do horizonte oque vivenciei foi incompreensível.

O verdadeiro amor não admite façanhas;
Pois para ser nutrido, com saúde, faz-se necessário
que sempre hajam sinceras barganhas.

                                                       
                                                                                                         Gabriela Duarte.


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