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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Iludindo o meu viver.

É uma inquietação em meu peito
A minha mente não para no lugar
Eu só queria um tempo, assim como me deito
Ficar sozinho e não ver o tempo passar

Botar a minha vida nos trilhos e reorganizar-me
Sentir por instantes que eu sou meu, e só meu
Sem satisfações, ligações, ou sentimentos
Eu só queria ser livre, e preso em alguns momentos

A realidade é que sei tudo que quero e quem sou
Eu só não sei tudo que eu sinto
Eu tenho as vontades e os desejos de uma criança
E vivo tão sufocado que nem sei que horas são

O peso do mundo em minhas costas,
E o meu peso não possui ninguém
Mentiras nas verdades ficam expostas
E eu só queria ver o meu reflexo em alguém.

                                                                                                        Jean Lacerda.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

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       "Quanto mais eu conheço o ser humano, mais eu passo a admirar os animais, pois me espanta a eficiência das pessoas de se tornarem feitas de 'faz de conta'. "

                                                                                    Gabriela Duarte.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

O meu erro

Instantaneamente inspiramos mudanças
Buscamos, professamos e conquistamos
Descartamos todas e quaisquer semelhanças
Que nos remetem a algo que não desejamos

Desejamos o reflexo de nós mesmo no outro ser
Uma amplificação do nosso ego em busca da perfeição
Vivemos o outro, e não deixamos o outro no viver
Tal como se quiséssemos ser a Eva e também o Adão

E quando escalamos toda a montanha
Sentimos que o ápice é descer
Não importa o que se perde ou o que se ganha
Só desejamos o que tínhamos não o que passamos a ter

As diferenças, o amor, e até os desejos já são iguais
Se tornasses um espelho de mim mesmo, já não te quero mais
Eu quis te mudar, e mudei. Admito meu sentimento perjúrio
Se não és igual a do passado, não serás minha no futuro.
                                                                                                          Jean Lacerda.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Me diz aí, o que é que tem?


O que é que tem se Ele não gosta de rock?
E daí que Ela curte samba?
Quem disse que não é bom ser grogue?
Quem falou que só é gostoso quando se ama?

O que é que tem se Ela beijou Ela?
Não faz mal, não é da conta de ninguém...
E daí que Ele quer ficar com Ele?
Cada um conhece a vontade que tem...

O que é que tem se Essa galera se veste assim?
E daí que Ele curte um baseado?

Quem disse que o cabelo Dela tem que ser liso?
Não faz mal ser natural, fica até mais bonito sendo encaracolado...

O que e que tem se Ela gosta de Assis?
E daí que Ele não se forma mês que vem?
Qual o problema? O que é que tem?

E daí que Eles vão casar?
E daí que Eles vão ter um filho também?
Qual é o porquê de tanto sermão?

O que pertence à vida de todo mundo, não é da conta de ninguém.

                                                                                                       Gabriela Duarte.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

AS SEM-RAZÕES DO AMOR


Eu te amo porque te amo,
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.
Amor é dado de graça,
é semeado no vento, 
na cachoeira, no eclipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.
  
 Eu te amo porque não amo
bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.
Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor.
                                  
                                                                     Carlos Drummond de Andrade.

Clamando liberdade!

Quando chegaste e batesse em minha porta
Me acorrentou sem as algemas
Me libertou de todo o mal
E reinventou o meu dilema

Não; não eram cavalos,
E sim as batidas do meu coração
Acelerados ao te ver
Te encarcerando na minha prisão

Joguei fora as chaves, a razão e todo o meu querer
Joguei tudo e todos, e me dediquei só a você
Porém jamais, jamais imaginaria te perder

Já não tenho mas chaves, querer e nem razão
Tenho apenas feridas, rastros dessa antiga paixão
E ainda tenho você, presa no meu coração...

                                                                                                            "Jean Lacerda"