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domingo, 31 de julho de 2011

O Bê a bá do meu baú!

Eu descobri que um abraço em plena madrugada não tem preço...
Descobri também que sol sempre nasce seja inverno ou verão...
Aprendi que pessoas quebram promessas e nem sempre o fazem por maldade...
Percebi que o ser humano é imperfeito demais pra ter o seu ‘pra sempre’ ou ‘nunca mais’...
Descobri que o amor dorme, mas não morre e que saudade não mata...
Descobri que banana frita é uma delícia com queijo e Nescau...
Descobri que um banho de chuva pode renovar a alma e que músicas fazem um belo trabalho interior...
Descobri que as pessoas ficam mais bonitas quando estão fazendo o que gostam...
Aprendi que amigos duram mais que amores!
Vi que sorrir pode ser mais difícil que chorar;
Aprendi que quem morre não volta e que a dor da perda não passa, nem diminui com o tempo.
Descobri que não existe refúgio melhor do que o colo dos pais...
Aprendi que as pessoas mudam e pronto.
Descobri que não existem palavras que consigam descrever o que eu aprendi sobre o tempo...
Percebi que algumas vezes a gente fala ‘não’ querendo dizer sim e ‘sim’ querendo dizer ‘não’, depois se arrepende!
Descobri que a vida e o mundo nos oferecem um universo de sensações e coisas novas enquanto a gente perde tempo demais olhando só pra dentro...
Aprendi também que ninguém morre de tristeza nem, tão pouco, vive de felicidade...
Aprendi que a gente diz muita coisa da boca pra fora, sem medir, quando vê: já era!
Não tem mais como ‘engolir’ tudo de volta...
Descobri que tem pessoas que são como caracóis vestem uma casca rígida por fora só pra tentar proteger e disfarçar a sua fragilidade e percebi também que essas são as pessoas mais doces...
Descobri que não sei guardar mágoa, nem nada que possa apodrecer...
Aprendi que quem ama todo mundo, não ama ninguém e quem “não ama ninguém” precisa muito de amor...
Aprendi a desconfiar de quem “não erra” e descobri que as pessoas podem ser muito cruéis...
Descobri que os mocinhos e mocinhas da ficção me deixam muito entediada...
Aprendi que quando a gente abre a cabeça e consegue ver os dois lados da moeda, a opinião do inicio não é a mesma no final.

Aprendi que eu preciso aprender mais!

 
                                                                                                          Gabriela Duarte.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Tristes lágrimas

Eu já não posso mais chorar
E deixar que essas lágrimas levem
A pureza que existe em meu olhar
Para que a raiva em meu interior se revele

Desculpe-me, se usei demais de minha inocência
Embora eu pareça um homem, sou como uma criança
Amo sem ser amado, choro sem razões e vivo com carência
Faço com que o único motivo da minha existência seja ser feliz.

Pois quando eu  caio de joelhos eu fico alto
E quando eu amo, ouço cavalos em meu coração
Então, já não posso mais chorar, és passado
Não posso chorar, minhas lágrimas são fruto dos teus pecados.

                                                                                                         Jean Lacerda.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

O não pensar.

Eu me desliguei do mundo, deitei e observei as estrelas despretensiosas
Pintadas no céu...
Do meu ponto de vista elas pareciam um cobertor flutuante.
E então eu fiquei a imaginar o porque das pessoas brigarem tanto
E sofrerem tanto, quando há um céu de estrelas lá fora todo
Se exibindo pra elas sem esperar nada em troca...
E então fiquei por horas só observando enquanto na minha mente
Se passava um filme de folhas de outono dançando no ar
E o único barulho que eu ouvia dentro e fora da cabeça
Era o som do vento se espalhando, nada mais me importava
Nada me atingia naquele momento que era só meu...
Foi aí que eu fiz um pedido, eu pedi que em algum lugar do mundo
Alguém estivesse a fazer o mesmo, qual quer pessoa, pois eu queria compartilhar
Dessa sensação mesmo que com algum desconhecido.

                                                                 
                                                                                                  Gabriela Duarte.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

A preciosidade do primeiro

O primeiro beijo, o primeiro abraço
O primeiro dia, o primeiro mês
A primeira namorada, a que mais amei
Seguida de outras primeiras, das quais mais amei

O primeiro gole naquela cerveja gelada
E o primeiro trago naquele tal cigarro
A grande e primeira passeada
Naquele que foi seu primeiro carro

A primeira festa, a mais badalada
O primeiro churrasco com sua rapaziada
Os primeiros games, espetacular e nada moderno
Os primeiros amigos, que serão todos eternos

É ai onde está toda a simplicidade,
Nos primeiros da vida é onde ela se esconde
Não que o que venha após não seja de verdade
Pois se teu coração é puro, depois do primeiro; virão outros primeiros.

                                                                                                             Jean Lacerda.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Lírios perdidos da Juventude Eterna.

Livro pra aprender, carta pra falar,
Guerra pra vencer, batalha pra lutar.
Couro pra comer, música pra libertar,
Tempo pra correr, pressa pra aproveitar.
Cabelo pra crescer, regra pra quebrar,
Álcool pra beber, droga pra injetar...
Velocidade na estrada, eu quero tudo de uma vez...
Quero também uma boa historia pra contar
E uns óculos escuros (se vier a calhar)
Que é pra disfarçar as olheiras,
Que ganhei das ultimas noites...
Na minha pressa de viver tudo de uma vez
Quis ficar acordado querendo não ver o tempo passar
Eu achava que não daria tempo, só agora eu vejo que sempre dá...
Amigo, foi inútil me desgastar.

                                                                     Gabriela Duarte.


P.s: Fiz esse texto pensando em todas as gerações de jovens do século XX e XXI e na pressa pra viver tudo de uma vez. bjs!

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Flor de Lótus.

Oi, meu nome é Kessie, tenho 23 anos,...
Moro no interior da Califórnia numa cidade tranqüila de poucos habitantes... me formei em arquitetura, atualmente trabalho numa construtora e frequento uma academia perto da minha casa,
Moro sozinha num apartamento pequeno, tenho muitos amigos, uma família linda e um coração vazio...
Minha história começa quando eu tinha 10 anos de idade, nessa época eu costumava brincar com as crianças do meu bairro diariamente e tinha um vizinho em especial que se dava muito bem comigo, era meu melhor amigo, o Erick... Os anos se passaram, a gente cresceu
E aquela amizade de infância foi virando amor, nos apaixonamos e naturalmente começamos a namorar... Namoramos por três anos, ele vivia dizendo que adorava meus  longos cabelos ruivos e encaracolados , meu nariz arrebitado e meus seios macios. Era o que ele mais elogiava em mim, na infância ele gostava de passar a mão no meu cabelo e dizer que tinha cheiro de melão, crescemos e ele não perdeu o costume...
Quando eu completei 16 anos nós fomos acampar com uma turma de amigos, e no dia de vir embora tivemos uma discussão, eu e o Erick, por motivos de ciúmes (ele era muito ciumento) e eu resolvi vir embora na frente com um casal de amigos e mais uma amiga, sofremos um acidente, nosso carro colidiu com um ônibus. O Douglas, que vinha dirigindo o carro, morreu na hora, as outras duas garotas tiveram ferimentos leves, eu quebrei o nariz, duas costelas e tive vários hematomas, fiquei internada  alguns dias meus parentes e amigos me visitavam diariamente, inclusive o Erick, mas só me lembro claramente dele nos três primeiros dias, quando saí do hospital me fizeram uma festa de boas vindas, tudo estava voltando ao normal, exceto o Erick pois eu fiquei um tempo de gesso e não podia acompanhá-lo aos lugares que nós costumávamos ir e ele foi se afastando aos poucos, até que me curei completamente e voltamos a nossa rotina de casal baladeiro, ele era um cara que adorava sair, assim como eu.
Mas depois de um tempo comecei a sentir dores estranhas no seio esquerdo fiz alguns exames e no dia do meu aniversário de 17 anos descobri que tinha câncer de mama, segundo os médicos eu o tinha contraído após o acidente, devido ao impacto da colisão de alguma forma tinha atingindo meu seio causou um nódulo que posteriormente resultou na doença, comecei a fazer tratamento e tive de retirar a mama, o Erick estava comigo fisicamente em muitos momentos mas foi se afastando sentimentalmente de mim e eu sentia isso, mas me calei, afinal minha saúde era o mais importante e estava em risco,eu tinha o apoio da minha família, dos meus amigos... quando comecei a fazer quimioterapia meu cabelo começou a cair, tive de raspar a cabeça e usar lenços, isso não me incomodou muito, o mais importante pra mim era estar viva. Quando o Erick foi me visitar no hospital um dia depois de eu ter raspado a cabeça, eu estava de lenço e ele entrou no quarto mas ficou na porta, falou pouco e evitava me olhar nos olhos, foi então que eu o chamei pra perto, ele hesitou mas se aproximou e pedi que ele me olhasse ele levantou o olhar, como quem está fazendo um esforço tremendo e me encarou com pouca coragem, eu ergui meu braço e tirei o lenço, ele rapidamente olhou pra janela e começou a falar do tempo, e pedi que ele me olhasse novamente, ele olhou, mas ele olhou como se me ver fizesse doer cada músculo do seu corpo mas eu continuei e disse: “O que você acha de mim agora?” e isso me lembrou uma cena de quando nós tínhamos 13 anos e eu estava com uma fita amarela no cabelo e ele estava me admirando eu retirei a fita e perguntei o que ele achava e ele disse com os olhos brilhando: “Está linda, sem fita é melhor ainda mas para de bobagem, você ficaria linda até careca” eu sorri e o pior, acreditei!
Mas naquele momento a resposta dele pra minha pergunta foi o silencio, silencio frio e doloroso, os olhos dele não brilhavam mais, eles mal conseguiam me encarar sem cabelos, ele virou e saiu do quarto, eu chorei. Passei um bom tempo sem vê-lo, me recuperei do câncer, coloquei uma prótese mamária, meu cabelo cresceu e eu segui minha vida, nunca mais me apaixonei de verdade, sinto como se aquele dia no hospital minha capacidade de amor e esperança tivesse se dissolvido em minhas tantas lágrimas... Aquele foi o ultimo dia que chorei por um homem que não fosse meu pai. Depois disso tive vários homens, recebi flores, declarações, juras de amor eterno, lágrimas e canções mil, mas nada me comoveu ou me moveu. Hoje sou incapaz de amar alguém ou de imaginar um futuro, os vejo como pedaços de carne que vão me divertir, me dar prazer e me dizer coisas bobas nas quais eu jamais irei acreditar de coração. O Erick? Encontrei com ele mês passado soube que anda com problemas com a bebida, conversamos por 14 minutos ele tentou me cantar, achei graça, virei as costas e fui embora. Meu coração? De pedra, como de costume.
                                                                                                                           
                                                                                                               Gabriela Duarte.

P.s: Gente, desculpa os erros.. Postei esse texto/carta sem revisar antes, bjs.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Sentimentos variáveis

Plantasses uma flor em meu circo
E me fizeste de palhaço em teu jardim
Me transformasse no teu sol nessa chuva
No teu sol neste inverno sem fim

A vida inacabada
E o sofrimento sem dor
A paz no meio do guerra
Entre o namoro sem amor

O brinquedo que não se quebra
E o arco-íris incolor
O jogo fora da regra
Nestas transas sem pudor

Tudo agora é confusão
E em meio a tantas tristezas,
Bebedeiras e diversão,
Satisfeito e confuso, bate meu coração...

                                                                                                        Jean Lacerda.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Fases

Meus olhos não estão fechados
E eu não estou só, posso sentir
Na minha vida por todos os lados
Estão pessoas a entrar e sair

Meus olhos estão entreabertos
E está tudo desmoronando
Chorando por futuros incertos
Lamento o ar que estou respirando

Tudo já me é permitido
E é tão difícil ser seu próprio dono
As coisas que eu fui concebido
Pouco a pouco vão se afastando

Meus olhos estão abertos; eles estão
Mesmo assim não consigo me ver
Essa minha face de garotão
Que com um sorriso lindo faz pessoas sofrer

Sei que esse não sou eu, irreconhecível
Então me questiono diariamente
Porque nem com meus olhos abertos,
Será que eu consigo seguir em frente?

Essas fases de olhares se transmutam
A cada dia em meu coração
Pra onde está indo a minha vida
Se posso sentir as lágrimas da perfeição.

                                                                                                               Jean Lacerda.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

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"Essa vida viu, Zé. Pode ser boa que é uma coisa. 
Já chorei muito, já doeu muito esse coração. 
Mas agora tô, ó, tá vendo? De pedra.
Nem pena do mundo eu consigo mais sentir. 
Minha pureza era linda, Zé, mas ninguém entendia ela,
Ninguém acolhia ela. Todo mundo só abusava dela.
Agora ninguém mais abusa da minha alma 
Pelo simples fato de que eu não tenho mais alma nenhuma. 
Já era, Zé. É isso que chamam de ser esperto? Nossa, 
Então eu sou uma ninja.
Bate aqui no meu peito, Zé? Sentiu o barulho de granito? 
Quebrou o braço, Zé? Desculpa!"


                                                                            Tati Bernardi.