Há meros devaneios rasos passeando em mim.
A dança das borboletas me diz que morrer não dói;
E quantas vezes já não morri em vida? Perdi a conta.
Me sinto, assim, como folha seca que o vento leva.
Paz, meu corpo clama por ti!
Talvez numa dessas ondas a maré te leve.
Mas não se perca na volta, é da sua volta que preciso.
A força do sentir violentou minha razão.
Mas esta ressuscitou e veio me acalentar.
Agradecida, caio de joelhos e agora ouço só o vento passar.
Nada quero pensar, nada tenho a dizer;
Só andar devagar e deixar que minh'alma se inunde de gratidão.
O resto vem (ou vai).
Darei minha voz ao tempo que é mestre de todas as coisas.
E ei de saber que nessa vida, absolutamente nada é em vão.
Gabriela Duarte